A síndrome da fragilidade é mais comum em idosos, mas também pode acometer pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão
A médica Priscilla Mussi, coordenadora de Geriatria do Hospital Santa Lúcia, de Brasília, destaca que os principais fatores de risco são baixa adesão à atividade física durante a vida, má alimentação, descompensação de doenças crônicas — ou seja, não cuidar da diabetes e da pressão alta, por exemplo —, fragilidade emocional e pouca relação social. “Aquele idoso que só quer ficar em casa corre mais risco”, alerta.
De acordo com a geriatra, as doenças neurodegenerativas de modo geral aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver a síndrome da fragilidade porque distúrbios dessa natureza — como Alzheimer e Parkinson — afetam as células nervosas do cérebro, levando à morte neuronal e à atrofia do tecido cerebral.
“Isso resulta em uma deterioração progressiva, comprometendo as atividades do dia a dia”, explica Priscilla.
Sinais e sintomas da síndrome da fragilidade
Tanto os idosos quanto os familiares devem ficar atentos a sintomas como:
- Perda de peso não intencional;
- Fadiga persistente;
- Fraqueza muscular;
- Problemas de equilíbrio, que aumentam o risco de quedas;
- Diminuição da força da mão (preensão manual);
- Baixa resistência para atividades cotidianas, com cansaço para realizar tarefas que costumava fazer antes;
- Marcha mais lenta, com diminuição da velocidade de caminhada.
A síndrome da fragilidade é geralmente diagnosticada quando o paciente apresenta pelo menos três desses sintomas, de acordo com Barreto.
Prevenção
Embora seja mais comum na terceira idade, nem todo idoso desenvolve a síndrome da fragilidade. “Muitos podem envelhecer de forma saudável, com boa mobilidade, especialmente se adotarem hábitos de vida saudáveis, como atividade física regular, alimentação balanceada e controle de comorbidades”, afirma o geriatra.
Ter uma vida ativa, com a prática regular de atividade física, é a melhor maneira de se prevenir contra a síndrome da fragilidade. O exercício físico é como uma poupança para a velhice: o acúmulo de massa magra é essencial, uma vez que a quantidade de músculos vai diminuindo com o passar dos anos, dificultando a movimentação.
Outros fatores que merecem atenção são: seguir uma alimentação saudável e balanceada e cuidar das doenças crônicas para evitar intercorrências agudas, como acidente vascular cerebral (AVC), pneumonias e viroses em geral.
Tratamento
O tratamento da fragilidade deve ser feito com o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, com foco em reabilitação física e nutricional.
É indicado que esse paciente siga uma dieta rica em proteínas, faça o controle de doenças crônicas pré-existentes — como diabetes e hipertensão — com medicamentos e ajustes no estilo de vida, com a prática de exercícios físicos supervisionados, para evitar o agravamento do quadro.
Artigo original: https://www.metropoles.com/saude/sindrome-da-fragilidade-sinais-em-idosos
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