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O alerta que demos há dois anos e por que o mercado ainda não ouviu

Por Cris Sabbag, M.Sc no LinkedIn
Sócia e Pesquisadora na Talento Sênior | Palestrante e especialista em Etarismo e Gerações | Colunista da revista HSM Management | Talent as a Service – TaaS | Mestre em Gestão para Competitividade

Dois anos depois, o etarismo continua no mesmo lugar
📊 Na última semana, a Revista Lide divulgou dados da pesquisa Talent Trends 2025 mostrando que 41% dos profissionais brasileiros já sofreram etarismo no trabalho — índice superior à média global (36%) e à média da América Latina (35%).

Para quem acompanha de perto a evolução da diversidade etária no mercado de trabalho, o número choca, mas não surpreende. E eu explico o porquê.

Nós já sabíamos disso
Há dois anos, a Talento Sênior em parceria com o Vagas.com.br, realizou o estudo sobre etarismo corporativo no Brasil. Foram mais de 6.200 profissionais e 300 empresas ouvidas, revelando que:

56% sofreram preconceito etário ainda nos 40 anos.
24% antes mesmo de chegar aos 40.
80% das empresas não promoviam ações para contratar profissionais 50+.
41% não haviam contratado sequer uma pessoa acima de 50 anos nos últimos seis meses.
60% dos profissionais de RH já presenciaram situações de preconceito contra pessoas mais velhas no ambiente de trabalho.O perfil de quem contrata também importa

Nosso estudo mostrou que a maior parte dos respondentes da área de RH:

90% eram mulheres cisgênero,
Com idade concentrada entre 30 e 39 anos (apenas 10% tinham entre 50 e 59 anos),
E grande parte não tinha filhos.

E um dado ainda mais revelador: 30% desses profissionais de RH afirmaram ter medo de perder o emprego por causa da idade. Ou seja, o etarismo não é percebido apenas como um problema “dos outros” — ele já afeta parte de quem atua como gatekeeper no recrutamento.

Esse cenário cria um efeito duplo: além de subestimar ou normalizar barreiras para candidatos mais velhos, há um viés inconsciente de autopreservação que pode reforçar a contratação de perfis mais jovens, vistos como menos “ameaçadores” para a própria estabilidade de quem contrata.

O que esses dois estudos têm em comum
Tanto o levantamento de 2023 quanto o de 2025 apontam para uma mesma verdade incômoda:

🔹 O etarismo é real, precoce e silencioso — muitas vezes disfarçado de “perfil mais jovem”, “energia de sobra”, “fit cultural” ou “experiência demais para a vaga”.

🔹 A ausência de políticas intencionais de diversidade etária impede avanços concretos.

🔹 O desperdício de talento maduro mina inovação, produtividade e resiliência organizacional.

O que piora o quadro?
🇧🇷 O Brasil ainda carece de dados oficiais sobre a trajetória, permanência e tempo de recolocação de profissionais mais velhos no mercado de trabalho.

📉 Pouco se mensura. Pouco se debate. Pouco se transforma. Por isso, novamente vou a mercado liderando uma pesquisa nacional inédita, essa vez sobre o Tempo médio de recolocação de profissionais 40+, para gerar um dado que simplesmente não existe nas estatísticas públicas — mas que precisamos conhecer com urgência para agir de forma estratégica. Nessa nova frente vou acompanhada da Fran Winandy da Acalântis Services.

📢 Pausa para um pedido especial: Se você tem mais de 40 anos e está em busca de recolocação ou se recolocou nos últimos 24 meses, nos ajude respondendo à nova Pesquisa Nacional sobre Tempo Médio de Recolocação 40+.
💻 É rápido, anônimo e vai gerar um dado inédito no Brasil. 👉 Clique aqui para responder.

O que precisa mudar?
O etarismo não se resolve apenas com boas intenções. É preciso:

Políticas conscientes de atração e retenção sênior.
Metas claras de contratação 45+.
Revisão dos filtros e critérios nos processos seletivos.
Programas de integração intergeracional.

Ambientes de trabalho multigeracionais são comprovadamente mais produtivos, inovadores e rápidos na solução de crises. O desafio é sair do discurso para a prática — e o momento é agora.

🔎 E você, como profissional, gestor ou empresa, está pronto para transformar esses dados em ação? Quer conversar?

📌 Acesso exclusivo: apenas para quem comentar neste post “Quero o estudo”, vou enviar gratuitamente o levantamento completo sobre Preconceito Etário nas Organizações — pesquisa realizada com mais de 6.200 profissionais e 300 empresas.

💬 Seu comentário não só garante o acesso ao estudo, como também ajuda a dar visibilidade e criar engajamento a um tema urgente e que impacta diretamente o futuro do trabalho no Brasil.

📢 Vamos ampliar essa conversa? Quanto mais pessoas falarem sobre o etarismo, mais rápido transformamos o mercado de trabalho em um espaço diverso, justo e inovador.

#Trabalhabilidade #Etarismo #DiversidadeEtária #Inclusão #MercadoDeTrabalho #ESG #GestãoMultigeracional #gerações

Artigo original: https://www.linkedin.com/pulse/o-alerta-que-demos-h%C3%A1-dois-anos-e-por-mercado-ainda-n%C3%A3o-sabbag-m-sc-196df/

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